
A dermatologia é uma das áreas da medicina que mais se destacam no mercado de trabalho. Isso se deve não só ao grande número de profissionais na área ou pelo respeitável retorno financeiro, mas também por conta das grandes inovações e avanços tecnológicos do setor, que caracterizam a especialidade como moderna e versátil.
Neste post você vai conferir as últimas tendências apresentadas no Congresso Americano de Dermatologia e conhecerá todas as informações importantes a respeito da carreira do médico dermatologista, assim como os caminhos a serem tomados para a boa formação na área. Acompanhe!
Tendências discutidas no Congresso Americano de Dermatologia
O Congresso Americano de Dermatologia reúne, todos os anos, os principais dermatologistas do mundo para discutir possíveis propostas, inovações e os desafios que envolvem a dermatologia.
Neste ano algumas técnicas e conhecimentos foram colocados em pauta. Veja a seguir as principais tendências discutidas:
Dermatoscopia digital para diagnóstico de melanoma
Uma das novidades discutidas foi a implementação da dermatoscopia digital no diagnóstico do melanoma, um tipo de câncer que se desenvolve a partir dos melanócitos.
A alta resolução apresentada pelo aparelho permitirá averiguar a pele com maior precisão em busca de qualquer lesão que represente perigos e esteja associado ao melanoma. São cerca de 96 câmeras que juntas formam uma imagem em 3D computadorizada.
Biofármacos utilizados na dermatite atópica
Formas graves de dermatite atópica são uma condição que pode exigir tratamentos específicos e o uso de medicamentos pouco convencionais. Novas pesquisas no segmento estão propondo formas alternativas de combater o problema, como por meio de uma injeção subcutânea de princípio ativo dupilumabe.
O procedimento foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) em parceria com a Anvisa e permite que o paciente tenha alguns sintomas amenizados com a diminuição da inflamação local, além de ter um tempo veloz de resposta.
Aplicação de silicone tópico visando acelerar processos de cicatrização
Novidade interessante para dermatologistas estéticos, uma inovação discutida foi o uso de silicone tópico buscando cicatrização de processos cirúrgicos no lugar de produtos à base de petrolato.
O gel de silicone é promissor, pois além de possuir propriedades antibactericidas, promove hidratação das feridas e reduz a chance de cicatrizes hipertróficas. O uso indiscriminado das pomadas antibióticas tem sido acusado de fortalecer a seleção de bactérias mais fortes, aumentando processos infecciosos.
Novos tratamentos para alopecia
A alopecia, doença caracterizada pela redução total ou parcial de pelos em certas regiões do corpo, é conhecida por ser uma condição de difícil tratamento.
No Congresso foram debatidas novas propostas para tratamento da doença. Entre elas está a bioestimulação por meio da injeção de plasma rico em plaquetas, método que promove o crescimento de cabelo e pelos ao reativar células mortas.
Além desse método, recentes estudos genéticos descobriram que a proteína prostaglandina D2, presente em maior nível em pacientes com calvície, também está relacionada à incidência de alopecia.
Conhecendo a profissão: o médico dermatologista
O que faz o médico dermatologista
É o profissional especializado em cuidar e tratar de doenças da pele, do tecido subcutâneo, cabelos e unhas. Além disso, é capaz de lidar com procedimentos de beleza e estética, cuidando da saúde do maior órgão do nosso corpo: a pele.
A dermatologia envolve a área clínica e a cirúrgica, caracterizando um segmento versátil, ou seja, com muitas subespecialidades e possibilidades de atuação na carreira.
Caminhos para formação na área
Para se formar em dermatologia, é necessário ingressar na faculdade de Medicina e concluir o curso, possuindo um diploma licenciado pelo Ministério da Educação (MEC) e um registro oficializado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).
Como um médico formado, pode-se tomar dois caminhos distintos para se especializar em dermatologia: o profissional poderá fazer a residência em dermatologia ou comprovar tempo mínimo de atuação na área, requisito para a realização da prova de títulos. A pós-graduação pode complementar a carga horária mínima exigida.
Qualquer um dos caminhos (residência e pós-graduação) dura de 2 a 3 anos. Vale lembrar que o médico deverá dar entrada no Conselho Federal de Medicina (CFM) para receber seu Registro de Qualificação de Especialista (RQF).
Para tanto, deve-se apresentar ou sua conclusão em residência médica, aprovada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), ou seu Título de Especialista (TED), que pode ser obtido ao prestar a prova de títulos, comprovando tempo mínimo de atuação na área.
Subespecialidades
Como dito anteriormente, a dermatologia é uma área muito versátil da medicina e conta com muitas subespecialidades. Vamos listar algumas a seguir:
-
Cosmiatria: área da dermatologia voltada para cuidado estético da pele, prevenindo e tratando doenças.
-
Hansenologia: área especialmente voltada para tratamento da Hanseníase, perigosa doença de pele para o ser humano.
-
Dermato-oncologia: segmento voltado para diagnóstico e tratamento dos tumores e cânceres de pele.
-
Dermatopediatria: estudo e tratamento de doenças de pele em crianças.
-
Dermatopatologia: área da dermatologia focada no estudo histológico de doenças de pele.
Reconhecimento no mercado de trabalho e média salarial
A dermatologia pode ser aplicada tanto como dermatologia clínica, como cirúrgica. A dermatologia clínica está relacionada ao tratamento e acompanhamento de manifestações cutâneas por meio de técnicas e medicamentos. Já a atuação cirúrgica conta com procedimentos operacionais básicos e avançados.
Sua abrangente área de atuação consiste um dos fatores que torna a dermatologia crescente no mercado de trabalho. O médico dermatologista pode trabalhar em consultórios, hospitais, indústrias cosméticas, clínicas estéticas e postos de saúde.
Há boas oportunidades, portanto, tanto no sistema público de saúde, quanto no particular. O reflexo disso está também na remuneração: o salário está entre os mais altos da carreira de medicina, estando na média dos R$ 9 mil reais.
Porém, é importante salientar que tais valores variam muito do local de atuação e da carga horária envolvida e são, muitas vezes, ainda maiores. Sendo assim, a remuneração pode facilmente ultrapassar a média verificada, ao levar em conta os plantões, meio-turno em hospitais e clínicas e outros rendimentos.
Assim como qualquer outra especialidade médica, a dermatologia exige muito estudo e dedicação. No entanto, o resultado do esforço é facilmente percebido: o médico dermatologista conta com uma área de atuação abrangente, aplicação versátil e considerável reconhecimento no mercado de trabalho.
Para mais informações sobre essa ou outra especialidade, entre em contato conosco!